O que essas frases têm
em comum?
São dinâmicas sistêmicas ocultas por trás das enfermidades.
Vem comigo, que te explico!
Já compartilhei com vocês por aqui a explicação básica de como as forças do coletivo familiar, ou seja, do
que acontece na nossa família, nos influencia diretamente de forma
inconsciente.
E com as enfermidades não é diferente.
Vamos a primeira frase: “Eu sigo você”
Imagina que uma mãe tem dois filhos, porém o primeiro filho
nasceu morto, ou faleceu ainda criança. Parte da alma (ou do Eu, como queira
chamar), dessa mãe, permanece lá com o filho. Isso acontece por muitos fatores,
mas o principal deles é a dificuldade em aceitar a morte e viver o luto por
completo. Bem, essa mãe tem um segundo filho, e a alma desta criança sente,
inconscientemente, que parte de sua mãe está lá no “mundo dos mortos”,
metaforicamente falando. Onde você acha que o segundo filho vai para encontrar
a mãe? Sim, lá na morte; ele diz internamente: “Sigo você na morte mamãe”. E
desenvolve uma doença… Doenças entram aqui, como movimentos de “não vida” ok?
Continuando no mesmo exemplo, para vocês perceberem como os
emaranhados sistêmicos podem ser mais complexos do que vocês imaginam.
Essa mesma mãe, estando com uma parte sua lá com o filho
falecido, desenvolve também uma doença qualquer (depressão, por exemplo). Ou
seja, viver é muito difícil (isso pode ser consciente ou não), e aqui se
encontram novamente o movimento de não vida que falei ali em cima.
Esse segundo filho, então olha novamente para sua mãe e diz
de novo: “Vou no teu lugar mamãe” – terceira frase da foto – ou diz: “Antes eu
que você mamãe”. E sua doença se agrava.
O que vemos aqui? O que nós chamamos nas constelações
familiares de Amor Cego, ou Amor que Adoece. A criança tem um amor profundo
pela mãe. Quando falo “criança” quero dizer “descendente”, pois esse filho pode
ter 30 anos e estar no mesmo enredo.
Esse filho pode também desenvolver vícios, autossabotagem em
questões de relacionamento ou finanças, mas é bem comum vermos as dinâmicas em
enfermidades.
Veja quando falo enfermidades, não precisa necessariamente
ser doenças mesmo. Pode ser, por exemplo, uma autossabotagem na alimentação, a
pessoa se alimenta mal, ou ingere coisas que fazem mal ao seu corpo. Vícios,
tudo que tem a ver com menos vida.
Uma outra dinâmica muito comum em casos de enfermidades é a
frase: “Pago por você”.
Parece forte numa primeira leitura, e de fato, é algo mais
complexo. Vou dar um exemplo: seu avô comandou a morte de vários escravos e coo
na época isso era comum, ele não achou que estava fazendo nada de errado, não
se arrependeu e muito menos compensou algo por isso. As forças sistêmicas
coletivas que atuam sobre a ordem dos acontecimentos, encontra uma forma de
compensar o fato. Escolhe um descendente, alguém que tenha muito amor no
coração para “compensar no lugar do avô”. E o neto diz internamente: “Vovô eu
pago no seu lugar” e desenvolve fibromialgia (é só um exemplo, pode ser
qualquer doença!).
E assim segue os emaranhados sistêmicos.
Por isso é muito legal constelar qualquer tipo de
enfermidade, seja ela física ou mental. Eu já presenciei casos onde a pessoa
tinha uma doença incurável e depois da constelação, encontrou um tratamento
novo, onde a possibilitava viver de uma forma mais tranquila. Não houve cura,
mas sim, uma possibilidade de mais vida.
O que quero dizer: às vezes tratamos algo em nosso corpo,
melhoramos e logo em seguida adoecemos de novo.
Saiba que não é natural ficarmos doentes. Natural é
envelhecermos. Mas se temos episódios recorrentes de enfermidades, talvez
tenham outras coisas agindo aí.
Texto de Aline Charane
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