terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Tipos de nascimento e a influência sobre seu comportamento


Você sabia que a forma como você nasceu pode influenciar significativamente seu comportamento, crenças e estilo de vida? Compartilho abaixo um pequeno resumo extraído do livro Renascimento de Fanny Van Laere, que mostra as possíveis crenças e comportamentos relacionados com os partos mais comuns.

O trabalho terapêutico do Renascimento têm como um dos objetivos, rastrear o modelo de nascimento, fazer o link com as crenças ou comportamentos adotados e ressignificar a forma como a criança interpretou estes modelos. 

"Embora cada situação seja única e cada bebê tenha seu próprio jeito de interpretar a realidade, um tipo específico de nascimento tem a tendência de criar padrões semelhantes. A seguir, apresentamos diferentes tipos de nascimento, com os possíveis padrões que a pessoa pode desenvolver."

CESARIANA

- Encontram dificuldades para tomar decisões e têm problemas para receber ajuda, mas, ao mesmo tempo, precisam desesperadamente.
- Insistem em fazer coisas por si mesmo (como forma inconsciente de provar que são capazes de fazer a passagem pelo canal do parto). Ao mesmo tempo, tendem a atrair pessoas ou circunstâncias que se interpõe em seu caminho e podem acabar necessitando de alguém para ajudá-lo ou “resgatá-lo”.
- Têm dificuldade para completar/terminar as coisas.
- Precisam muito de expressões físicas de afeto ou, ao contrário, têm repulsa ao toque.
- Sentem-se abandonados em momentos cruciais.
- Têm medo de facas e de instrumentos cortantes ou, ao contrário, têm fascínio por eles.
- Criam interrupções frequentes, especialmente nos relacionamentos. Podem criar interrupções em seu processo de Renascimento até superar esse padrão.

Cesariana Planejada

- Sentem-se interrompidos e não respeitados e se ressentem por isso.

Cesariana de Emergência

- Têm medo de ficar preso.
- Carregam pensamentos do tipo “Eu não posso fazer as coisas por mim mesmos. Preciso que me ajudem..”

PARTO ESTAGNADO

O parto pode ficar estagnado porque o processo de nascimento foi inibido pelos profissionais ou por qualquer pessoa presente, ou porque a mãe tem medo, e inconscientemente, o está retendo. Infelizmente, esta situação frequentemente resulta em um cesariana ou em parto com fórceps devido à incompetência dos profissionais ou à incapacidade da mãe de superar seu medo.

- Sentem-se contidos e controlados.
- Sentem que não podem ter o que querem, quando querem.
- Sentem-se irritados quando são retidos.
- Carregam pensamentos do tipo: “Nada está pronto para mim.” “As pessoas estão sempre tentando me reter.”

FÓRCEPS OU VENTOSAS

O uso do fórceps ou ventosas no nascimento, além de, possivelmente, causar enxaquecas e problemas de visão, tende a criar um padrão de luta e de esforço na vida. A pessoa também pode ter tiques nervosos em seu rosto. As marcas dos fórceps, às vezes, aparecem e desaparecem durante a sessão de Renascimento.

- Lutam com a vida.
- Receber ajuda é doloroso.
- Não gostam de ser controlados e manipulados.
- Procuram ajuda, mas têm medo de recebê-la.
- Têm medo da dor. Precisam estar no controle.
- Criam situações nas quais querem ser ajudados por outras pessoas.
- Carregam pensamentos do tipo: “Não posso fazer sozinho..”

CORDÃO UMBILICAL AO REDOR DO PESCOÇO

Isso geralmente ocorre quando o bebê absorveu muita pulsão de morte durante a gravidez e parece estar tentando cometer suicídio estrangulando a si mesmo. Os padrões são mais fortes se o cordão estiver enrolado de forma apertada ao redor do pescoço.

- Têm dificuldade de estar encarnado em um corpo físico.
- Criam obstáculos na vida e sabotam a si mesmos.
- Muitas vezes, sentem-se “estrangulados” em seus relacionamentos.
- Reprimem suas emoções.
- Têm medo da intimidade.
- Associam risco e intensidade com se sentirem vivos.

BEBÊ CIANÓTICO

Neste caso, o bebê não respira ao nascer. É comumente chamado de “bebê azul” e geralmente acontece porque o bebê está em um estado de choque fisiológico devido ao corte prematuro do cordão umbilical ou a um trabalho de parto muito difícil. Muitas vezes, o médico ou a parteira lhe dá um tapa a fim de que comece a respirar.

- Têm medo de estar em um corpo físico.
- Têm medo de avançar.
- Têm pulsões de morte.
- Têm padrão de escassez (por falta de oxigênio).
- Têm medo de serem feridos.

PARTO PREMATURO

- Desejam intensamente progredir e, ao mesmo tempo, têm medo do que virá.
- Não se sentem preparados.
- Sentem-se indefesos. Podem compensar essa sensação não aceitando a ajuda de ninguém e fazendo tudo por conta própria.
- Necessitam intensamente de afeto
- Podem chegar a sentirem-se extremamente vulneráveis.
- Normalmente, chegam cedo, ou tarde, como compensação.

INCUBADORA

- Sentem-se isolados e sozinhos.
- Têm problemas com a temperatura.
- Sentem-se fracos e indefesos.
- Têm medo do abandono.
- Têm forte conexão com máquinas ou tecnologia.
- Muitas vezes, passam por dois ciclos em seus projetos de vida (o primeiro para sair do útero, o segundo para sair da incubadora).

PARTO INDUZIDO

- Sentem que não são respeitados.
- Irritam-se facilmente.
- Têm dificuldades para iniciar as coisas.
- Precisam ser “induzidos” por alguém ou pelas circunstâncias para agir.
- Sentem ressentimento quando são “empurrados”.
- Não sabem o que querem.

PARTO HIPERMADURO

- Estão frequentemente atrasados ou têm problemas com o tempo.
- Sentem que as pessoas não podem suportar a sua presença.
- Têm medo e serem absorvidos.
- Sentem que não estão preparados.
- Se o parto foi doloroso para a mãe por qualquer razão, sentem que ferem as pessoas.
- Têm medo de completar as coisas.
- Sentem que não há saída.