Criador das Constelações Familiares,
Bert Hellinger nasceu na Alemanha em 1925, ex-seminarista católico, estudou
filosofia, teologia e pedagogia. Conhecedor de vários modelos de terapia,
incluindo psicoterapia de grupo, psicanálise, hipnoterapia, terapia primal,
análise transacional e PNL. Desenvolveu então, a abordagem das Constelações Familiares e a concepção
das Ordens do Amor ou Leis dos Relacionamentos Humanos.
O termo original desta abordagem
é “Familienaufstellung”, cujo sentido literal seria “colocar a família na
posição”. Este termo traz a ideia inicial que era posicionar as pessoas em
lugares específicos nos espaços, caracterizando as intervenções iniciais que
datam da década de 80. A Constelação Familiar consiste no posicionamento
físico/emocional de representantes dos elementos importantes do tema do
cliente. Com a ajuda de um grupo terapêutico ou com bonecos, objetos ou âncoras
de solo, mostram através dos movimentos, as conexões estabelecidas
inconscientemente entre o tema (sintoma) e sua implicação sistêmica no grupo.
Neste trabalho o movimento de
harmonização das conexões estabelecidas nas relações, quaisquer que sejam, tem
como meta o amor. Aqui, julgamentos e diferenciações entre “o bem ou o mal”,
assim como ideias de “certo ou errado”, “inclusão ou rejeição”, “melhor ou pior”,
ou ainda a diferença entre “vida e morte”, deixaram de ter separação. A
separação não existe quando se apropria de uma consciência maior, em uma
dimensão espiritual. Esta consciência maior é uma consciência criativa que cria
tudo e está sempre em movimento, chamada pelo autor de Consciência Universal ou Consciência
Espiritual.
Para Bert Hellinger, este amor,
que ele denomina de amor do espírito, é uma atitude. Aceita tudo tal como é,
simplesmente porque existe. Esse amor desconhece o julgamento que decide se
algo deve existir ou não, pois só o fato de que algo existe significa que foi
pensado por um espírito criador, tal como é, e assim é amado.
Adaptado de Marusa Helena das Graças Gonçalves
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