Nestes últimos dias percebi algumas
dúvidas no que se refere a Constelar em Grupos. E a maior delas é: “o quanto eu
vou me expor ao grupo?”
Estar num grupo já traz em si
algo muito importante: a ressonância com as pessoas. Você não está com aquelas
pessoas à toa. Todos ali, de uma forma ou de outra estão em sintonia com você.
Elas carregam, em maior ou menor grau, sintomas e histórias semelhantes às
suas, e mais do que isso, todos estão no grupo com o mesmo objetivo.
É muito interessante perceber o
quanto uma pessoa está ligada à história da outra e o quanto ambas se curam e
se liberam quando existe uma entrega. Na realidade, se for pensar um pouco,
todos carregam os mesmos códigos: observe como as famílias geralmente possuem
conflitos entre pais e filhos, mortes prematuras, doenças, exclusões, etc. A
história de um pode ser semelhante a do outro e quando você constela seu tema,
também este pode ser igual ao do colega. Sophie Hellinger, em seus seminários,
antes de iniciar uma Constelação, convida a todos os presentes a se conectarem
e perceberem que parte da constelação é sua.
As novas constelações têm seguido
por um caminho que preserva cada vez mais o cliente. Hoje, já não é necessário trazer
um tema, ou expor ao grupo o que você quer constelar. Tampouco é relevante que
os representantes saibam seus papéis dentro da constelação. O movimento do
campo acontece com a mínima interferência do facilitador. Todos podem se
conectar a algo maior e uma nova imagem surge dos movimentos dos representantes.
O facilitador se torna também um observador, como o cliente. Assim, o próprio
campo traz a solução para o sistema.
Portanto, não existe a “exposição”
no sentido de “as pessoas irão saber minha história ou o que eu quero constelar”.
O menos é mais. A confiança neste movimento faz com que seja possível acessar
outro nível de cura e de expansão de consciência.