segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A exposição nos grupos de constelação

     Nestes últimos dias percebi algumas dúvidas no que se refere a Constelar em Grupos. E a maior delas é: “o quanto eu vou me expor ao grupo?”

     Estar num grupo já traz em si algo muito importante: a ressonância com as pessoas. Você não está com aquelas pessoas à toa. Todos ali, de uma forma ou de outra estão em sintonia com você. Elas carregam, em maior ou menor grau, sintomas e histórias semelhantes às suas, e mais do que isso, todos estão no grupo com o mesmo objetivo.

    É muito interessante perceber o quanto uma pessoa está ligada à história da outra e o quanto ambas se curam e se liberam quando existe uma entrega. Na realidade, se for pensar um pouco, todos carregam os mesmos códigos: observe como as famílias geralmente possuem conflitos entre pais e filhos, mortes prematuras, doenças, exclusões, etc. A história de um pode ser semelhante a do outro e quando você constela seu tema, também este pode ser igual ao do colega. Sophie Hellinger, em seus seminários, antes de iniciar uma Constelação, convida a todos os presentes a se conectarem e perceberem que parte da constelação é sua.

     As novas constelações têm seguido por um caminho que preserva cada vez mais o cliente. Hoje, já não é necessário trazer um tema, ou expor ao grupo o que você quer constelar. Tampouco é relevante que os representantes saibam seus papéis dentro da constelação. O movimento do campo acontece com a mínima interferência do facilitador. Todos podem se conectar a algo maior e uma nova imagem surge dos movimentos dos representantes. O facilitador se torna também um observador, como o cliente. Assim, o próprio campo traz a solução para o sistema.

     Portanto, não existe a “exposição” no sentido de “as pessoas irão saber minha história ou o que eu quero constelar”. O menos é mais. A confiança neste movimento faz com que seja possível acessar outro nível de cura e de expansão de consciência.


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